Aquelas palavras entraram pelos ouvidos, mas foram parar no coração. Sabia onde cada frase se encaixava na sua vida. E involuntariamente, as lágrimas lhe encheram os olhos. Não conseguia mais enxergar, somente ouvir. Mas ainda assim sabia que a pessoa ao seu lado também estava em chorando, e aquilo a acalmou, pois significava que ela não era única.
O texto parecia não acabar, e parecia que ela não conseguia parar de chorar. Cada vez mais as pessoas olhavam pra ela, e os amigos tentavam acalma-la. Diziam para ela parar de chorar, ela tentava, mas não conseguia. Até que a menina acabou de falar.
A missa continuou normalmente, com algumas pessoas falando coisas chatas e compridas, com todos os professores a frente, e as lágrimas se secaram...por um tempo.
A missa acabou, e parecia estar tudo bem. Mas era hora dos abraços, de sentir o coração do outro batendo junto ao seu corpo, de poder demonstrar de alguma forma que você se importa com aquela pessoa. Não havia como prende-las. Dessa vez elas saíram de novo e dessa vez, mais forte. Abraço após abraço, ela passava os dedos embaixo dos olhos, mas os molhava segundos depois.
Um abraço em especial a fez chorar mais, um abraço mais demorado, um abraço mais apertado e caloroso, um abraço mais verdadeiro do que todos os outros. Ela olhou nos olhos dele e pediu para prometer nunca esquece-lo. Foi dentro daquela capela, depois de uma missa chata, depois de lágrimas, que a promessa foi feita.
Cada abraço foi mais do que especial. Foram guardados não só na memória como no coração. Anos mais tarde, ela sabia, se lembrará daquele momento. Tudo que lhe restava era aceitar os fatos, e aproveitar o fim, ou melhor, o novo começo.
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