terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mandy - Capítulo 3

Postado por Vanessa Teixeira às 15:14
Certo, vamos revisar.
    Eu estava em Houston pela primeira vez, iria morar com a noiva insuportável do meu pai (e sua família que mais parecia uma gangue), já tinha sido chamada de leoa, já tinha pagado mico, já tinha visto um monstro e ainda por cima...
    Tinha que me perder no aeroporto.
    Calma, pensei, eles são um grupo grande, não deve ser difícil encontra-los.
    Mas vocês sabiam que o aeroporto de Houston é o segundo maior aeroporto do Texas?
    Eu nunca tinha ido lá, não sabia pra onde ir.
    Mas ai, aconteceu algo me trouxe felicidade e tristeza ao mesmo tempo.
    Valentina estava andando em minha direção...com uma cara de furiosa.
    -Aonde você estava? - disse ela aos berros
    -Eu precisava ir ao banheiro
    -E não podia nos dizer isso? Ficou todo mundo preocupado te procurando. Agora todo mundo já foi embora, menos o seu pai, minha mãe e o Toni que estão te procurando.
    -E onde eles estão? - perguntei ficando até um pouquinho feliz
    -Vou ligar para eles agora. - e pegou seu iphone (isso mesmo, iphone) e ligou pra...algúem. A menina é mais nova do que eu e tem um iphone. Eu batalhei tanto pra conseguir meu v3 roxo. Será que eu também ia ganhar um iphone?
    -Ótimo, sem sinal.
    -Eles ou você? - perguntei na maior inocencia
    -QUAL É A DIFERENÇA? - ela berrou
    Então ela agarrou meu pulso e começou me arrastar em direção a...algum lugar.
    Primeiro ela me arrastou até a porta do aeroporto, para ver se tinha sinal lá fora.
    -Droga, é o deles - ela disse depois de tentar ligar de novo.
    Em seguida, me arrastou até um balcão do aeroporto.
    -Com licença, a senhora pode chamar uma pessoa pelo microfone?
    Não estava acreditando no que ela estava fazendo. Quer dizer, lá na California fazer isso era suicidio social. Parece que as coisas aqui no Texas são bem diferente.
    Tina(como a mãe, as amiga, o irmão, enfim, todo mundo menos eu, chamava a Valentina) pediu para falarem no microfone que nós duas estaríamos esperando na frente do Burger King.
    Ao lado de Tina, parece que o tempo não passa. Um minuto é 1 hora, 1 hora é 1 dia, 1 dia é uma semana, e assim por diante. Eu não sei se é pelo simples fato de nós duas odiarmos uma a outra, ou por ela simplesmente ser uma garota muuito impaciente, ou porque eu sou mais bonita do que ela, quer dizer, não sou nenhuma gata, mas não sou baixinha e gorda, ou como ela as vezes prefere dizer, cheínha.
    Eu não sei quanto tempo nós ficamos esperando nossos pais, só sei que, bem...
Foi muito tempo.
    Até que eles chegaram, e adivinha quem veio logo pra cima de mim?
    A megera.
    -Oh meu Deus, como você está? Está tudo bem? O que foi aconteceu, eu fiquei tão preocupada - ela falava enquanto me apertava, me abraçava, me esmagava...
    CARA, COMO EU ODEIO A NOIVA DO MEU PAI !
    Quando Mônica me deu tempo para respirar, sai correndo direto pros braços de meu pai, pedindo desculpa, dizendo que eu estava com muita vontade de ir ao banheiro, etc, etc, etc.
    Depois que Mônica conferiu que estava tudo no seu devido lugar em Valentina, nós fomos pegar um táxi, para irmos pra casa, já que o carro já estava em casa.
    Peguei meu ipod e comecei a ouvir a playlist que minha melhor amiga Dani tinha feito pra mim antes de eu viajar.
    E lágrimas encheram meus olhos.

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