Ela acordou assustada. O escuro não permitia que ela enxergasse nada. O medo a invadiu. Tinha certeza de que não fora um pesadelo. Não, nunca um pesadelo. Na verdade, não queria nem que fosse um sonho. Queria que fosse realidade.
Um tempo se passou, ela fechou os olhos e adormeceu rapidamente. E sem que ela quisesse, o sonho voltou.
A carta estava nas suas mãos. Era o último dia, a última chance dela dizer tudo que queria. Talvez nunca mais ela o visse novamente. Logo ele partiria, e se ela não fizesse aquilo naquele momento, não poderia fazer nunca mais.
Chamou-o num canto. O coração batia mais rápido do que nunca, milhões de coisas passavam por sua cabeça, o nó no estomago só aumentava. Logo eles estavam a sós. Ela olhava nos olhos deles esperando que algo saísse de sua boca. Mas o discurso que parecia ter ensaiado a dias, semanas, talvez até meses; tinha desaparecido. Ele esperava, curioso para saber o que aconteceria a seguir. Sem que quisesse, as palavras saíram de sua boca. Ela entregou a carta a ele, mas o fez prometer que só leria mais tarde, sozinho. Fechou os olhos deles e disse que iria pegar outra coisa. Um presente. Mas não precisava. Tudo que ela precisava estava ali com ela. Ele, com os olhos fechados, não notou nada até o momento em que seus lábios se tocaram. Foi rápido, mas foi especial; foi o tempo necessário para ele entender. Ela se afastou, olhou nos seus olhos e saiu. Porém algo segurou o seu braço a impedindo de ir.
-Eu também tenho um presente.
E ele a beijou novamente.
Não consegui escolher uma foto só.
Ela acordou assustada. O medo a invadiu. Tivera o mesmo sonho duas vezes seguida. Tudo indicava que seria realidade. E se dependesse dela, seria.
Ps: isso é só uma história, viu Torrada? :)
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)





0 comentários:
Postar um comentário