terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mandy - Capítulo 18

Postado por Vanessa Teixeira às 08:09
    No colégio eu combinei com a Emily minha (não)ida a casa dela. Eu só iria passar em casa, pegar minhas coisas e ir pra lá. O Toni passou a manhã toda perguntando se eu tinha certeza do que eu estava fazendo, dizendo que a gente podia dar outro jeito, mas eu não dei ouvidos. Essa era a única forma de eu ficar com ele.
    Eu cheguei em casa e corri para o meu quarto. Minhas malas já estavam prontas, então foi só pega-las, dar um beijo no velho, digo, no meu pai, e sair.
    A Mônica me levaria até a casa da Emily, e de lá ela ia pro salão se emperequetar toda pra tentar ficar menos feia. O carro da Mônica era vermelho, bem berrante e chamativo, a cara dela. Por sorte, a casa da Emily não era tão longe, e logo eu poderia sair da vassoura vermelha da bruxa.
    -Eu avisei a você para não ficar de gracinhas com o meu filho. - disse a Mônica na metade do caminho. - E eu disse que você sofreria as consequencias.
    -Tá, tá já sei Mônica. Você ganhou, tá legal? Eu vou ficar longe do Toni, não vou mais ver ele, e vou ser infeliz. Satisfeita? Agora deixe eu sofrer em paz por favor.
    -Como quiser.
    O resto do caminho foi em silêncio. A única voz que se ouvia no carro era da Celine Dion, a "diva" da Mônica.
    A casa da Emily também era grande, não tanto quanto a minha, mas grande. E era muito bonita por sinal. A mãe dela gostava de decoração, e por isso fazia questão de uma casa arrumada.
    Saí correndo do carro e fui logo para a entrada da casa da minha albina favorita. A Emily não demorou de atender, e me recebeu calorosamente. Deixei minhas malas no andar de baixo e subimos para o quarto dela. A Emily era uma pessoa muito organizada, e o quarto estava todo arrumado, diferente do meu, que vive bagunçado e com coisas espalhadas por todo canto. Mas isso é só um detalhe.
    Meia hora depois o Toni chegou. Eu me despedi da Emily e fui correndo pro carro. Eu estava muito animada com o plano. Talvez animada até demais. Sentei no banco do carro e dei um beijo demorado do Toni.
    -Você tem certeza disso? A gente ainda pode voltar e pensar em uma outra forma.
    -Toni, eu só tenho certeza que quero ficar com você, e que essa é a única forma. Relaxa, tudo vai sair como planejamos. Vai ficar tudo bem.
    Dei outro beijo nele e girei a chave. Ele soltou o freio de mão e nós partimos em direção a Austin. Seria uma viagem de 3 horas no máximo. Eu havia feito uma playlist bem romântica e ao mesmo tempo animada no ipod. Conectei ao carro e fechei os olhos, no intuito de sentir a voz da Taylor Swift dentro de mim. Eu, de alguma forma, sabia que estava fazendo a coisa certa. Nem o papai nem a Mônica poderiam mudar meus sentimentos pelo Toni, e se eles não aceitavam, eu ia lutar para que aceitassem.
     Paramos duas vezes para ir ao banheiro e abastecer, mas logo estávamos a 10 km de Austin, e a minha ansiedade só aumentava. O Toni continuava centrado na estrada, e uma vez ou outra cantarolava alguma música que tocava e ele conhecia.
     Chegamos em Austin e fomos direto para o hotel. Toni conhecia o caminho, já tinha vindo antes aqui com a mãe. A entrada do hotel, como esperado, era grande e chique, assim como a recepção. Fizemos o Check-in e fomos para o nosso luxuoso quarto. Os funcionários estranharam o que dois adolescente de Houston faziam sozinhos em Austin em um Hotel daquele. E o quaEra perfeito claro.
    Liguei o laptop que trouxemos de casa e me conectei na internet. Por sorte a Dani estava online, e contei a ela aonde eu estava. Ela ficou surpresa por saber que eu realmente tinha feito aquilo. Quem também estava online era a Emily, que quis saber logo se tudo tinha corrido bem. Enquanto eu dava sinal de vida as minhas amigas, o Toni perguntava ao pessoal do hotel um bom lugar para a gente jantar. Claro que de primeira eles disseram que o restaurante do hotel era muito bom e tal, mas eu disse ao Toni que queria conhecer Austin, e não o restaurante do hotel que de um jeito ou de outro eu conheceria no dia seguinte de manhã no café.
    Decidimos então ir ao Aquarelle, um restaurente frances pequeno, porém muito chique. Me arrumei toda pra não fazer feio. E o Toni também.
    -Você está...perfeita. - Agora diga quem não se derrete com um homem desse.
    -Você também.
    O restaurante ficava a 5 min do nosso hotel, então não demorou para que chegássimos. Era tudo muito lindo. Acabamentos em madeira quente, iluminação, tecidos, porcelana personalizada, talheres franceses e taças de cristal, tudo com um toque frances. Eu comi bastante, mas os nomes dos pratos são muitos complicados. Sei que comi um que tem mexilhão.
    O jantar foi perfeito, e eu estava me sentindo super bem ao lado do Toni. Pagamos a conta, e fomos passear no Waterloo Park. A noite estava linda, e naquele momento eu percebi que eu não só amava o Toni...eu estava apaixonada por ele.
    Voltamos pro hotel mais ou menos umas onze horas da noite. Eu não estava com sono então fui assistir tv. Como já era tarde, coloquei logo minha pijama e escovei meus dentes. O Toni fez o mesmo e se deitou comigo.
    Ficamos deitados juntos agarradinhos, o que fez eu me sentir a garota mais feliz do mundo.
    -Toni, eu...
    -Você...
    -Eu estou amando tudo. Não poderia estar mais perfeito. Eu...eu te amo. Muito mesmo.
    -Eu também te amo, e você já sabe disso.
    Eu me sinto uma criança boba quando estou com o Toni, principalmente quando ele me beija. Mas naquele momento eu me sentia um bebê. Eu nunca tinha me sentido daquele jeito, mas agora eu sabia que meu lugar era com o Toni.
    O beijo foi mais longo do que eu esperava, e mais gostoso também. Mas eu ainda não tinha percebido que a mão do Toni estava um pouco abaixo das minhas costas, e minha perna em cima dele.
    -Desculpa. - disse ele
    -Não, tudo bem.
    E voltamos a nos beijar.
    Só que foi um beijo um pouco mais intenso do que o normal.
    O resto, você já deve saber.

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