sábado, 29 de janeiro de 2011

Mandy 2 - Capítulo 4

Postado por Vanessa Teixeira às 06:55 0 comentários
    -Quer dizer que a sua sogra, e também sua madrasta, está grávida do seu pai que é sogro do seu namorado que é filho da sua madrasta que está grávida e que te odeia porque voce namora o filho dela que é quase o seu irmão?
     -Er...não entendi muito bem o que você falou mas, acho que é isso mesmo.- eu realmente não tinha entendido.
     -Meu Deus! E agora amiga?
     -E agora eu não posso fazer nada, Emily.
     Eu realmente não podia fazer nada. Se eu pudesse eu tirava o bebe da pança da megera, mas não dá né.
     Eu recebi a prova surpresa que fiz no dia anterior e quase chorei de novo. Se meu pai a visse me deixaria de castigo até o bebe nascer e não me daria presente de Natal.
     E falando em Natal, eu tenho que pensar em alguma coisa pra dar pro Toni de Natal. Depois eu penso nisso, tem muito o que pensar agora.
     -Então, que tal se hoje dpeois da aula a gente sair pra gastar, quer dizer, comprar roupa pra sair com os meninos amanha?
     -Ah Emily, não sei se to com muito animo pra sair.
     -Amanda Campbell, que ser humano feminino racional não gosta de sair pra fazer compras?
     Eu tive que rir com o "ser humano feminino racional".
     -Tá, tá. Eu vou. Agora eu tenho que ir pra aula.
     E antes que ela pudesse dar mais uma palavra, eu sai correndo.
     E me esbarrei no Ryan.
     E derrubei todos os livros que ele estava na mão.
     E fiquei morrendo de vergonha.
     -Ai meu Deus, desculpa, desculpa, desculpa. Eu tinha que correr pra aula que eu to atrasada, e não vi você. Ai meu Deus, desculpa mesmo. Deixa eu te ajudar a pegar as coisas e...
    -Mandy, ta tudo bem, relaxa.
    Não tinha como relaxar com o rosto dele tão perto do meu.
    Para Amanda, ele é o namorado da sua amiga, e você tem um namorado.
    -Então, para que aula você esta indo?
    -A-Algebra.
    -Ah, eu também, só ia passar no meu armário pra deixar esses livros. Me acompanha, srta. Campbell?
    -Claro, sr. Anderson.
    Achei que ia ser uma caminhada silenciosa, mas estava enganada.
    -Escuta, Mandy...posso te chamar de Mandy né?
    -Claro, Ryan.
    -Bom. Er...você sabe se está acontecendo alguma coisa com a Emily nesses últimos dias?
    -Como assim?
    Não sei se está acontecendo alguma coisa com a Emily.
    -Ela está...diferente. Eu ja vi ela chorando do nada as vezes, ou então ela está muito irritada com alguma coisa, ou então ela não pode fazer certas coisas sem motivo nenhum. Você...tem notado?
    Eu não tinha parado pra pensar que isso tudo poderia se estranho, achava que era só o jeito da Emily. Mas realmente, ultimamente, ela tem estado meio...estranha.
    Eu não gosto de falar da minha amiga pelas costas, mas se alguma coisa estava acontecendo com ela eu gostaria de saber. Ela não pode ficar escondendo os problemas dela de mim. Muito menos do namorado dela.
    Tinhamos chegado ao armário do Ryan quando lembrei que ainda devia uma resposta a ele.
    -Bom, eu não tinha parado pra pensar nisso mas...faz um pouco de sentido sim.-percebi que ele tinha começado a se preocupar, então para tentar acalma-lo, disse- Mas também pode não ser nada. Ela pode estar na TPM, ou sei lá o que.
     -Ju-jura?
     -É! Claro! Ou então só está nervosa por causa das provas.
     Ele ficou um tempo parado pensando. Será que essa tinha colado?
    -É, pode ser. Mas...acho melhor nós ficarmos de olho.
    Ufa, tinha colado.
    -Então, Ryan, é melhor irmos logo pra aula.
    O percurso até a sala foi silencioso. Ambos queriam pensar sobre a situação.
    Assim como eu conto tudo a Emily, eu achava que ela me contava tudo. Além disso, ela sempre foi meio esquisitinha, sempre chorou muito fácil, e se magoava mais fácil ainda. Basta lembrar que ela brigou comigo no meu segundo dia de aula porque eu fui pedir dinheiro ao Toni emprestado, e interrompi o almoço deles dois.
     Mas de qualquer maneira, eu tinha me decidido a conversar com ela, não por mim, mas pelo Ryan. Ele é o namorado dela, e ela deve satisfações a ele.
     O Ryan não tocou mais no assunto o resto do dia todo. Fingiu que nada estava acontecendo. Se eu pudesse, eu teria começado a falar com a Emily ali mesmo, mas como eu ia sair com ela a tarde, depois nós conversávamos a sós.
     O Toni não gostou muito da idéia de eu não ir pra casa com ele. A Mônica tinha saído para comprar umas coisas para o almoço, e o meu namorado tinha esperança de poder da uma "namoradinha" antes dela chegar. Depois de explicar a ele que era por uma boa causa (comprar uma roupa bem bonita pra sair com ele no dia seguinte), ele concordou e até nos deixou no shopping.
    Como sempre, acabamos parando na Banana Republic. Enquanto procurávamos uns vestidos, resolvi falar com ela.
    -Er...Emily. Hoje eu estava indo pra aula de Algebra quando eu me esbarrei no seu namorado e ele me acompanhou até a sala.
     -Ah, legal-disse ela sem dar a minima importância pro que eu estava dizendo.
    -Bom, ele...ele está achando você um pouco...estranha, ultimamente.
     Ela colocou o cabelo atrás da orelha e desviou o olhar do vestido de 59 doláres.
     -Estranha porque?
     Respirei fundo.
     -Emily, você me conta tudo sobre você? Você divide tudo comigo, assim como eu divido tudo com você? Tem alguma coisa que você não quer me contar?
     Ela ficou um tempo olhando nos meus olhos, desviou o olhar para o vestido e respondeu.
     -Não, claro que não.
     -Emily, alguma coisa está acontecendo que eu sei. Você precisa me dizer para eu te ajudar. Por favor confie em mim.
     -Eu não gostei desses vestidos, talvez devemos tentar a Forever 21.
     Sai correndo atrás dela e quase levo um tombo. Besteira.
     Bom, de uma coisa a Emily estava certa: a Forever21 estava cheeeio de vestidos lindos.
     Foco, Amanda. Você tem que conversar com a Emily.
     Ela já estava com uns 5 vestidos na mão quando eu consegui alcançar ela.
    -Emily, por favor, me escuta. Eu sou sua amiga, eu te conto tudo, você tem que me contar as coisas também. Poxa, você não confia em mim, é isso? Ou você ainda está brava por eu estar com o Toni?
    -Não, não Mandy, claro que não. Eu amo o Ryan e ponto.
    -Ponto e vírgula, Emily. Você não me ama?
    -Claro que te amo, amiga. É só que...-ela resitou por um instante e vi os olhinhos dela começarem a brilhar.- meus pais, Mandy. Eles...eles não param de brigar, acho que vão se separar e...e eu brigo com eles o tempo todo e...
     Não demorou pra ela começar a chorar e demorou menos ainda pra eu abraça-la e consola-la.
     -Own, amiga. Fique assim não. Isso vai passar, é só uma fase. Mas olha,-fiz ela olhar nos meus olhos-conte comigo pra qualquer coisa, e confie mais em mim tá? Eu só que o seu bem.
     Entre lágrimas dela e quase lágrimas minhas, escolhemos nossa roupa e saímos bem do shopping. Eu fiz o que tinha que ser feito, e devo admitir que fiz bem. No final das contas, a Emily também se sentiu melhor em compartilhar os problemas dela com alguém.
     -MAs não conte nada ao Ryan. - ela me fez prometer.
     Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, mas me esbarrei com meu pai no meio do caminho.
     -Não precisa me esperar para jantar, pai. Eu comi no shopping.
     -Não, eu...eu queria falar sobre outra coisa com você. Na verdade eu...queria me desculpar pela forma que falei ontem com você.
     -Tudo bem pai, posso ir pro meu quarto que eu to cansada e...
     -Olha, eu sei que você não quer ir pro almoço, mas é importante pra mim, pra Mônica, pro bebe, pra todos nós. Você agora faz parte dessa família, Amanda, e você tem que aceitar isso. Você vai ter mais um irmão ou irmã. E dessa vez vai ser de verdade, e não como o Toni ou a Tina. E se você não ficar feliz, eu não vou ficar feliz, e vai ser tudo um completo desastre. Por favor, me ajude.
      Ele ficou um tempo parado esperando uma resposta. Eu estava tão zangada e com tanta coisa na cabeça que tudo o que saiu foi:
     -Pai, você já falou demais. Vá jantar, e eu vou dormir. Boa noite.
     Ele tentou me seguir, mas eu meio que...sem querer querendo, bati a porta na cara dele. Me senti péssima, mas eu realmente estava cansada, e ele já tinha falado demais, e a Mônica estava grávida, e eu estava irritada, e eu estava tirando notas baixas no colégio, e eu tenho que ajudar a Emily, e eu tenho muito o que pensar e vou ficar maluca.
      Eu já estou maluca.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mandy 2 - Capítulo 3

Postado por Vanessa Teixeira às 17:06 2 comentários
    Eu não tinha dormido bem naquela noite, e não sei exatamente porque. Achando que meu dia não podia ficar pior, foi o fim pra mim quando o professor de história, Tom Suchman, disse que tinha uma prova surpresa. Eu simplesmente entrei em desespero, comecei a suar frio e...entrei em desespero. Eu tinha estudado um pouco no dia anterior, mas tinha sido muito pouco, o suficiente pra eu tirar uma nota ruim nessa prova.
    Demorei de sair da prova, mas sai me sentindo tão péssima quanto antes dela. Como sempre, o Toni tentou me acalmar, mas não deu certo dessa vez.
    No almoço, a Emily ficou mais quieta do que o normal. Ela também tinha ido mal na prova e, ela tinah me dito mais cedo, os pais brigaram feio na noite anterior.
    Quando ouvi o sinal da última aula, sai correndo da sala. Não aguentava mais aquele lugar e com prova ou não, eu dormiria a tarde toda. O Toni ficou de me encontrar no portão. Passei no armário, guardei meus livros e peguei os que eu precisasse e me dirigi a saída. A Emily já tinha ido embora e o Toni estava conversando com o Ryan. Estava dando um beijo no Toni quando, para minha surpresa, vi o carro do meu pai com a Mônica no banco ao seu lado. Não entendi nada porque geralmente a gente sempre volta com o Toni.
    -Tina, entre no carro. Mandy, vá com o Toni e Toni...siga a gente.
    Tenso.
    Porque eles queriam nos pegar? Seguir pra onde? E ainda por cima, não era só o papai, era a Mônica também. O que será que estava acontecendo?
    Fui pro carro com o Toni em silêncio. Acho que ele também estava pensando o que poderia ser. Mal fechei a porta ele perguntou:
    -O que você acha que é?
    -Não faço a mínima idéia.
    O silêncio voltou a reinar no carro. Toni não ligou nem o rádio. Nós fomos seguindo o carro do meu pai e não demorou pra eu perceber que ele estava indo para o The Tasting Room, um café que ficava na Uptown Park. Não sei o que meu pai queria fazer lá, e o Toni também não, mas continuou seguindo ele até ambos os carros pararem. Sai do carro e dei a mão ao Toni. Não sei bem porque, mas eu estava nervosa.
    Papai pediu uma mesa pra nós cinco. O garçom nos levou a uma bem no canto. Ficamos um tempo sem falar nada só um olhando pra cara do outro. Até que meu pai quebrou o silêncio.
    -Toni, Mandy e Tina, eu e a Mônica temos algo pra conversar com vocês.
    Tenso.
    -Eu preciso que vocês sejam muito compreensivos.
    Mais tenso.
    -Bem, não vou ficar enrolando. Hoje eu e a Mônica fomos ao médico e...
    Por favor que ela não esteja grávida, por favor, por favor...
    -E vocês vão ganhar um irmãozinho.
    Silêncio mortal.
    A Mônica e o meu pai ficaram sorrindo por um tempo esperando uma reação nossa. Eu estava em choque. Eu não queria mais ninguém na nossa família, ela estava ótima assim. A Mônica ia ficar ainda mais chata grávida, e eu não merecia isso.
    -Quer dizer,-continuou meu pai- não sabemos ainda se é menino ou menina, mas com certeza a Mônica está grávida.
    Mais silêncio.
    Eu não conseguia falar nada. Estava em estado de choque. O Toni apertou minha mão mais forte, o que me deu vontade de chorar, mas eu me segurei. Acho que eles esperavam uma reação um pouco melhor da nossa parte, mas eu ainda estava aceitando a idéia de ter mais um na família. A Valentina estava meio...nem ai pra isso. Estranho.
    -Que ótimo.- disse Toni- e pra quando é mais ou menos?
    -Agosto, setembro, por ai. Não temos certeza ainda.
    Mais silêncio.
    Foi um lanche um tanto quanto chato. Parecia que todo mundo tinha medo de falar. Pedimos umas tortas e cada um pediu seu refrigerante preferido. Das poucas palavras que saim da nossa boca, acho que só um terço delas eram sobre o bebe. Alias, não, um terço é muito.
    A meia-hora que passei ali sentada sem falar nada, parecia ter sido uma vida, logo me senti melhor quando pude sair de perto de todos e ficar a sós com o Toni no carro.
    -Você não falou nada hora nenhuma.
    -Porque eu não tinha nada pra falar ué.
    -Amanda, eu te conheço. Vai, me diz...o que você ta pensando?
    Antes que eu me desse conta, eu estava chorando e falando  um monte de coisa sem sentido. Sério, não sei como o Toni me aguentava.
    -Eu não quero que nada mude, eu...meu pai não vai me dar atenção e...ai, eu quero ir pra casa.- solucei.
    O Toni ficou um tempo no quarto comigo tentando me fazer parar de chorar. Tentei secar as lágrimas para pelo menos deixar ele voltar a vida dele. Assim como eu, ele também tinha que estudar, e no momento, nenhum dos dois estavam fazendo isso.
    Quando consegui convencer o Toni de que eu estava bem, fui tomar um banho bem demorado.Tinha muita coisa na cabeça, muito o que pensar, muito problema, e somente uma cabeça para resolve-los.
    Assim que terminei o banho, liguei pra Dani pra dar as novidades não tão boas. Ela, assim como o Toni, tentou me acalmar e tal, mas com ela foi mais fácil. Eu não precisava olhar nos olhos dela, e na hora que eu quisesse, desligava o telefone e pronto. Não que eu tenha feito isso. Deixei ela falar, mas tentei encurtar a conversa o máximo possível.
    Acho que eu meio que já esperava que isso acontecesse, mas assim que sentei na cama pra estudar cai no sono, e só acordei na hora do jantar. Jantar no qual eu não estava com a mínima vontade de ir, mas eu tinha que ir.
    Foi um dos piores jantares que nós já tivemos. Nem as piadas sem graça dele nos fizeram rir. Foi a Mônica quem quebrou o gelo, quer dizer, o silêncio.
    -Sábado vamos fazer um almoço em família para dar a notícia ao pessoal.
    Quase me engasguei com a comida.
    -Eu...eu não posso. -menti.- Combinei de sair com a Emily...
    -Sai de manha e passa a tarde aqui.
    -...e depois dormir na casa dela. -Mentira, mentira, mentira.
    -Então, almoce aqui e depois você vai. -rebateu mais uma vez a Monica
    -Mas a mãe dela vai fazer um almoço especial só porque eu estou indo.
    -Filha, você vai ficar pra esse almoço e ponto final.
    Juro que fiquei surpresa com tom que meu pai falou comigo. Ele parecia realmente irritado.
    Terminei o jantar o mais rápido possível e nem esperei a sobremesa. Subi para o meu quarto e tentei não chorar. Juro que tentei.
    Mas não consegui.

Endless Summer

Postado por Vanessa Teixeira às 15:04 0 comentários
Ela fechou os olhos e gravou o momento com detalhes em sua mente. O som do mar, o violão, a voz de cada pessoa cantando, o som dos coqueiros balançando...a paz reinava dentro e em volta de si. Logo iria embora, tudo aquilo ficaria para trás, e só o que sobraria seriam fotos que não transmitiriam as mesmas sensações. Também sobraria saudade. Era difícil deixar tudo para trás, e esperar que ficasse tudo bem. Os veria de novo, pelo menos uma parte deles, mas não seria a mesma coisa. Cada momento era especial, e tinha que ser aproveitado intensamente. Todo ano era igual, mas ao mesmo tempo diferente. A cada ano era melhor. Mas tudo que é bom, acaba rápido.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Flickr

Postado por Vanessa Teixeira às 16:04 0 comentários
Depois  daquele post com as fotos, e pra não ter que fazer um post toda vez que eu tirar fotos bonitas, eu resolvi fazer um Flickr. Flickr, pra quem não sabe, é, de acordo com meu amigo Wikipédia, é um site da web de hospedagem e partilha de imagens fotográficas, ou seja, agora eu vou postar minha fotos lá. Quem quiser ver mais fotos artísticas, comentar, divulgar, ou só ver o que é o flickr, é só clicar aqui. Aproveitando o post, gostaria de lembrar o e-mail do blog blogwonderland@yahoo.com.br .

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

E antes da fama...

Postado por Vanessa Teixeira às 17:16 0 comentários
Entrei no meu msn normalmente, abriu aquela janelinha do Msn Hoje e dei de cara com fotos de alguns famosos quando crianças ou adolescentes. Não sei se mais alguém viu, mas alguns melhoraram bastante, outros não mudaram nada. A questão é: eu to a dias sem postar nada, criatividade zero, e me aparecem essas fotos...
Zac Efron

Natalie Portman
Taylor Lautner
Ashton Kutcher

Paul Rudd
Eva Longoria
Ashley Tisdale
Adam Levine
Cameron Diaz
Alec Baldwin
Gwen Stefani

Leonardo DiCaprio
Ke$ha
America Ferrera
Chris Pine
Queen Latifa



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cheese!

Postado por Vanessa Teixeira às 08:56 2 comentários
Como sempre, a criatividade está a mil (not). Então, decidi postar aqui as fotos que eu tirei com minha camera velha e feia de apenas 5 megapixels. Essa sou eu brincando de fotógrafa superfail. Enjoy!




















Qual vocês mais gostaram?

Contato

Postado por Vanessa Teixeira às 07:31 0 comentários
Sei que to sumida, mas é por um bom motivo: eu estava viajando, estava sem entrar no computador todos esses dias, e não sei como sobrevivi. Vou passar mais uns dias sem entrar, mas assim que as aulas começarem, e eu parar de viajar, vou postar todos os dias. Aproveitando esse post, vim divulgar o e-mail de contato do blog, pra vocês darem sugestões, críticas e elogios a vontade. O e-mail é blogwonderland@yahoo.com.br .

Mandy 2 - Capítulo 2

Postado por Vanessa Teixeira às 06:59 0 comentários
    -Então, o que vamos fazer pra comemorar?- ele me olhou esperando uma resposta. Como se eu soubesse a resposta.
    -Não sei Toni. Quer dizer, não precisa de nada não. É mania sua comemorar todo mês. Não que eu não goste, eu gosto, alias eu adoro. Mas eu não vou ficar chateada se a gente não fizer nada. Ou a gente pode simplesmente alugar um filme, ou...ah sei lá.
    Porque eu ficava tão idiota perto dele?
    Eu havia sobrevivido a mais um dia de aula. A Valentina esperava impaciente no portão. Ela não ia ao estacionamento pegar o carro, ficava esperando no portão o Toni pegar ela. Ridículo, eu sei.
    Tudo estava normal. A Valentina com o iTouch no banco de trás, eu conversando com o Toni no banco da frente, e a Mônica impaciente em casa esperando a gente chegar. O beijo nojento e o abraço apertado que ela dava em cada um de nós também continuava igual.
    Não sei como isso era possível, mas a Mônica tinha engordado nas últimas semanas. As roupas dela pareciam que iam estourar, mas ela se recusava a aceitar que não vestia mais 44, e sim 46.
    Minhas tentativas de me aproximar do William também fracassaram. Ele não conversava muito, me dava respostas curtas e sempre arranjava alguma coisa pra fazer quando eu entrava na cozinha. Mas eu já estava até me acostumando com isso.
    Meu pai não almoçou em casa, então o almoço foi bem silencioso. Geralmente as piadinhas sem graça dele nos fazia rir, e a conversa fluia muito melhor. As únicas coisas que se ouviam era "Passa o sal por favor?" ou "Me serve de um pouco mais de suco?".
    Ultimamente, eu passava as tardes estudando. As provas estavam chegando, e se minhas notas fossem baixas, nada de presentes no natal. E afinal, quem não gosta de ganhar presentes não é mesmo?
    Ás vezes o Toni me ajudava, mas era raro porque ele tinha que estudar tanto quanto eu. Talvez até um pouco mais. Mas com estudo ou não, o Toni bateu na minha porta as 7 da noite todo arrumado.
    -Vai pra onde?
    -Você vai assim?
    Não entendi a surpresa dele ao me ver de pijama no meu quarto. E ele não entendeu minha surpresa por ver ele todo arrumado. Ficamos um tempo nos olhando de cima abaixo até a ficha cair: o Toni queria mesmo sair pra comemorar nossos 4 meses de namoro, e ali estava ele todo pronto pra sair e eu de pijama estudando no meu quarto.
    Pedi 5 minutos a ele, fechei a porta do quarto e fui correndo pro armário. Joguei minhas roupas todas no chão e sai procurando algo bom. Mas nessas horas parece que nada serve, parece que tudo é feio, e não é uma sensação muito boa.
    Decidi, por fim, colocar uma calça jeans, uma camiseta que ele tinha me dado no aniversário de 2 meses e uma sandália de salto. Sai correndo do quarto com a bolsa aberta, colocando o brinco e quase que caio na escada, mas foi quase.
    Só então percebi como ele estava bonito. Tá, quando é que ele não esta bonito? Espera, eu sei a resposta: nunca.
    Decidimos ir ao cinema e, provavelmente, não assistir ao filme, se é que vocês me entendem. Depois, comemos uma pizza, locamos um filme (pra assistir de verdade em casa) e voltamos pra casa. Dormi na metade do filme. O Toni me carregou até meu quarto, mas eu acordei na metade do caminho.
    -Me coloca no chão, Toni. Eu tenho pernas pra andar.
    -Nada disso. Está tarde, você está cansada. Feche os olhos e volte a dormir.
    -Eu não vou conseguir dormir com você por perto.
    -Tente, pelo menos.
    Estava percebendo que os músculos do Toni não eram a toa. Ele é muito forte, e conseguiu me carregar escadas acima até o meu quarto sem problemas. Ele me colocou na cama delicadamente e me deu um beijo na testa.
    -Não vai não. Fica aqui comigo.-pedi.
    -Se nos virem aqui tão tarde, vão criar problema. É melhor não.
    Me levantei um pouco e abri bem os olhos.
    -Por favor.
    Ele se aproximou e ficou com o rosto bem perto do meu.
    -Vá dormir. Já está tarde.- Me deu um beijo e saiu antes que eu pudesse segura-lo.
    Mas de fato, já estava tarde, eu estava cansada, e não demorei de cair no sono.

 

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